segunda-feira, 24 de março de 2014



Ponte Pênsil Alves Lima




A Ponte Alves Lima é do tipo pênsil e esta localizada entre as cidades de Ribeirão Claro, no estado do Paraná e Chavantes, em território paulista, cruzando o extenso Rio Paranapanema.
Esta ponte é uma raridade arquitetônica e o seu projeto é similar a famosa ponte pênsil brasileira da cidade de Florianópolis: a Hercílio Luz .
A Alves Lima foi tombada pelo patrimônio histórico, em âmbito estadual, duas vezes: em 1985, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Artístico de São Paulo (Condephaat) e, em 2001, pelo Conselho Estadual do Patrimônio Histórico do Paraná.
O nome é uma homenagem ao seu idealizador, o fazendeiro Manoel Antônio Alves Lima.
Por que o nome Ponte Pênsil? Chama-se ponte pênsil aquela cujo tabuleiro é sustentado por cabos ancorados. Coincidentemente hoje as três pontes são bens tombados, visando assegurar a sua preservação. Também as três assistiram à construção de novas pontes nas suas proximidades, mais modernas, visando desafogar a grande demanda de tráfego que elas mesmas ajudaram a promover.



História


Para agilizar o escoamento da produção cafeeira do norte (pioneiro) paranaense, o proprietário de uma das maiores fazendas de café do Paraná, a Monte Claro, resolveu bancar, juntamente com as prefeituras de Ribeirão Claro e Chavantes a construção da ponte e no início da década de 1920, Manoel Antônio Alves Lima concluiu e entregou, aos dois municípios, a obra.

Na Revolução de 1924, os revoltosos paulistas, em fuga para Foz do Iguaçu, queimaram a ponte, que foi construída em madeira, para tentar retardar a perseguição das tropas legalistas. Em 1928 ela foi reerguida.
A ponte foi reerguida em 1928, mas durou pouco. Passados quatro anos, outra revolução, a Cons­­titucionalista (1932) derrubou novamente a Alves Lima. O Pre­­sidente Getúlio Vargas decidiu extinguir o Congresso Nacional após desdobramentos da crise da bolsa de Nova York, em 1929, e no­­meou um interventor para o go­­verno de São Paulo. A oligarquia pau­­lista, capitaneada pelos cafeicultores, enfrentava uma crise econômica e pediu para o governo fe­­deral convocar uma constituinte.
Sem sucesso, eles decidiram começar uma luta armada, mas se viram atacados em várias frentes por forças que apoiavam Vargas. Em 1932, tropas gaúchas (legalistas de Vargas) se reuniram em Ribeirão Claro para atacar os paulistas. “Os revoltosos, ao saberem que os gaúchos estavam aquartelados em Ribeirão Claro, recuaram e dinamitaram a ponte Alves Lima para retardar o avanço das tropas”, diz Almeida. A ponte só foi reerguida em 1936.

Uma nova tragédia, porém, derrubou a ponte pela terceira vez. Foi em 1983, quando a região assistiu à maior enchente de que se teve notícia. A obra foi recuperada novamente dois anos depois e continuou funcionando até 2006 – no meio do caminho chegou a ser queimada em um ato de vandalismo, mas os ribeirinhos conseguiram controlar as chamas. Teve de ser interditada por causa da falta de manutenção, mas agora, com o restauro, volta a dar os ares de sua graça.A foto abaixo é da cerimônia de reinauguração da Ponte, após ser derrubada em 1932

 creditos nas imagens
Na Revolução Constitucionalista de 1932 a ponte foi novamente destruída quando as tropas leais a Getúlio Vargas dinamitaram a mesma com a intenção de retardar o avanço das tropas paulistas. Mais uma vez a ponte foi reconstruída, agora em 1936

Em 1983 a ponte foi levada pelas águas do Paranapanema, numa das maiores enchentes da região. Em 1985 ela foi recuperada. 



 creditos na imagem

Reinauguração da Ponte, após a inundação de 1983




Sendo interditada em 2006 para reformas;
*Estado firma acordo para restauração da ponte de Chavantes. Convenio de recuperação foi assinado pelo governador José Serra nesta sexta-feira, 9, em Assis. Uma construção histórica que liga os Estados de São Paulo e Paraná ganhou o aval para restauração nesta sexta-feira, 9, em Assis. O governador José Serra assinou convênio para recuperação da ponte sobre o rio Paranapanema, resgatando do abandono uma obra construída em 1918 e que só encontra duas outras com arquitetura semelhante no país. A Ponte Pênsil Alves de Lima liga os municípios de Chavantes (SP) e Ribeirão Claro (PR) e é tombada como patrimônio histórico tanto pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Artístico do Estado de São Paulo) como pela CPC (Coordenadoria do Patrimônio Cultural do Paraná). A ponte está restrita ao uso dos pedestres e requer reformas no tabuleiro de madeira, além de reparos de falhas nos elementos de concreto, troca de elementos metálicos e pintura. As obras de reparo serão feitas pela empresa CBA (Companhia Brasileira de Alumínio). Ela ganhou a obrigação como medida mitigatória imposta pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) em função da operação de uma hidrelétrica em Ourinhos. A companhia já construiu uma ponte para o trânsito de veículos nas proximidades da ponte pênsil. (Manoel Schlindwein)





Vista do lado paranaense da ponte de cima de uma montanha.


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